Amarante

Amarante é uma bela cidade a Norte de Portugal, rica em história e cultura, que se encontra aconchegada pelas serras do Marão e da Aboboreira e é atravessada pelo rio Tâmega. Constitui o maior concelho do distrito do Porto, com os seus cerca de 302 quilómetros quadrados, e oferece uma grande variedade de motivos para ser visitado.

De origem nos povos primitivos que habitaram a serra da Aboboreira (onde se podem encontrar vários vestígios arqueológicos), e com influências do período romana, foi só após a chegada do frade dominicano São Gonçalo (1187-1259) que Amarante começou a adquirir importância e visibilidade aumentando a afluência de peregrinos e o crescimento da população e, consequentemente, o nascimento de diversos mosteiros e conventos. Já no séc. XVI D. João III autoriza a construção da Igreja do Convento de São Gonçalo de Amarante no local da capela primitiva, junto à ponte sobre o rio Tâmega, onde São Gonçalo foi sepultado. 

Caracterizada pelas suas estradas sinuosas ladeadas pelas casas coloridas com varandas de madeira, Amarante é uma cidade pequena e por isso deve ser descoberta a pé. Os pontos turísticos ficam quase todos no centro histórico que é dominado pela magnífica Igreja e Mosteiro e ao lado a impressionante ponte medieval, reconstruída em 1763 após ter derrocado devido às cheias do rio Tâmega.

A Igreja de São Gonçalo, Igreja Matriz de Amarante, que foi edificada entre 1543 e 1600, é ponto de paragem obrigatório, enriquecida pelo estilo arquitetónico barroco. Em seu pórtico há várias estátuas de santos e na varanda ficam estátuas de alguns reis de Portugal. A forte devoção popular em São Gonçalo levou a que lhe fosse confiada a tarefa de casar as mulheres mais velhas pelo que, para pedirem marido, bastaria puxar três vezes a corda da cintura da estátua que se encontra no interior do convento.

A Igreja de São Domingos, também conhecida como Igreja de Nosso Senhor dos Aflitos, fica atrás da Igreja de São Gonçalo, cujo acesso é feito por um caminho de pedra. De estilo barroco, foi concluída em 1725 e atualmente alberga o Museu de Arte Sacra. Na sua parte externa destaca-se a torre com o relógio.

Amarante foi também berço de génios que emprestaram o seu talento a áreas como a história, artes e literatura. Nos claustros do antigo mosteiro fica o Museu de Amadeo de Souza-Cardoso, um dos principais artistas portugueses do séc. XX.

A doçaria, de origem conventual, é também uma das referências de Amarante, com especial destaque para os tão procurados bolos de São Gonçalo, de aspeto fálico, que são sempre motivo de curiosidade e são popularmente chamados de “quilhõezinhos” ou “caralhinhos” de São Gonçalo.

As festas e romarias mantêm o melhor da tradição popular com especial destaque para as “Festas de Junho”, em honra de São Gonçalo, que tem lugar no primeiro sábado de Junho.

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