Budapeste

Budapeste é a capital da Hungria e um dos destinos mais bonitos do Leste Europeu. Situada nas margens do Rio Danúbio, a norte do país, concentra mais de um quinto da sua população. Paris de Leste, Pérola do Danúbio e Cidade dos banhos são as alcunhas atribuídas à cidade mas o seu verdadeiro carácter está em algum lugar entre os extremos de sua opulência da Belle Époque, as décadas de comunismo monótono e o vibrante empreendedorismo de hoje.

As origens do país remontam ao séc. X a.C., pelas mãos dos celtas, então conhecida como Aquincum, tendo depois sido ocupada pelos Romanos. No entanto o país tem como data de fundação o ano de 895 d.C., altura em que as sete tribos magiares, então nómadas, se estabeleceram na Bacia dos Cárpatos, a região onde fica a atual Hungria. No ano 1000 o primeiro monarca húngaro, Santo Estêvão I, torna-se rei com uma coroa enviada pelo papa, tendo sido responsável por converter a Hungria numa nação cristã.

Em 1361, a cidade de Buda foi elevada a capital do país e Peste era, na mesma altura, um importante centro de comércio. No séc. XVI, ambas as cidades foram tomadas pelos Turcos (1541-1686), que foram expulsos com a ajuda da Áustria. Apesar de muito debilitadas economicamente, Buda e Peste conseguiram recuperar e prosperar nos tempos que se seguiram, em virtude da sua situação geográfica privilegiada junto do Rio Danúbio e do acordo constitucional que criou o Império Austro-Húngaro. Em 1873, Buda e Pesta, juntamente com Obuda, foram unificadas, formando Budapeste. A cidade foi uma das capitais do Império Áustro-Húngaro.

Em 1918, durante a Primeira Guerra Mundial, a Hungria entrou em colapso e o Império foi dissolvido. O país perdeu cerca de 70% do seu território e aproximadamente 10 milhões de húngaros viram-se excluídos da sua pátria. A década seguinte é de profunda crise, o que leva a Hungria a tornar-se aliada da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial, para tentar reaver as suas perdas.

Com a nova derrota a Hungria caiu sob o domínio comunista dos soviéticos. Apesar de um período inicial de forte repressão, o comunismo da Hungria passou a ser o mais aberto ao Ocidente a partir da década de 1960, em resultado da Revolução de 1956. Após o colapso da União Soviética, em Novembro de 1989, simbolizado pela queda do Muro de Berlim, a Hungria virou-se para o Ocidente e em 2004 tornou-se membro da União Europeia.

Atualmente, Budapeste tem cerca de 1,8 milhões de habitantes, muitos ainda com marcas do passado, mas com uma nova geração vibrante.

     Dicas úteis

 – A Hungria faz parte da União Europeia desde 2004 mas decidiu manter a sua própria moeda, o Florint Húngaro (usámos sempre Revolut, incluindo nas barraquinhas dos mercados de Natal, pelo que não há necessidade de trocar ou levantar dinheiro).

 – Os transportes públicos são excelentes e fáceis de entender sendo também possível comprar e validar bilhetes digitais através do telemóvel com a app BudapestGo. Comprámos um bloco de 10 viagens que utilizámos no metro e autocarro, no entanto a cidade é relativamente pequena e pode perfeitamente ser percorrida a pé, dependendo do tempo disponível que têm.

 – Como transporte entre o aeroporto e o centro da cidade (e vice versa) utilizámos o autocarro da linha 100E, cada bilhete custa 1500 HUF e a viagem demora cerca de 40 minutos.

 – O Verão pode ser extremamente quente e o Inverno é bem rigoroso pelo que a melhor altura para viajar poderá ser nos meses de Primavera ou Outono, com temperaturas mais amenas. Para quem não tem medo do frio, entre final de Novembro a início de Janeiro os Mercados de Natal são um bom motivo para visitar a cidade!

– Apesar da unificação, cidade está dividida em duas partes distintas, com panoramas, arquitetura e histórias diferentes, separadas pelo Rio Danúbio.

     O que visitar em Buda

Do lado ocidental do rio ergue-se a verde e altiva Buda, ocupada há mais tempo, onde vivia a nobreza. É uma zona mais montanhosa com encostas e colinas verdejantes, ruas e ruelas íngremes empedradas, cheia de casarões e construções medievais e um castelo histórico. As suas colinas oferecem vários miradouros sobre Peste e o Rio Danúbio.

  • Castelo de Buda

Cada uma das metades de Budapeste tem o seu edifício-símbolo e do lado de Buda o castelo é certamente a atração mais famosa. Também conhecido como “Palácio Real”, o Castelo de Buda foi construído para ser a residência dos Reis Húngaros. A sua construção original é de 1265, mas ao longo dos anos passou por muitas reconstruções e transformações. Entre demolições, caprichos e outras desgraças naturais, o “castelo” foi sempre sendo restaurado, acrescentado e embelezado, daí ter traços de vários estilos arquitetónicos, sendo que o palácio atual data de 1769.

A sua localização elevada na colina de Buda e as suas grandes dimensões fazem do Palácio Real uma imagem visível de quase qualquer parte da cidade. É Património Mundial da UNESCO e muitos governantes húngaros viveram lá. Hoje faz parte de um complexo que também conta com o Museu de História de Budapeste, a Biblioteca Nacional Széchenyi e a Galeria Nacional Húngara.

O Castelo de Buda oferece uma das melhor vistas da sobre a Ponte das Correntes, o rio Danúbio e também para o magnânimo Parlamento Húngaro. A estatuária em redor ao castelo também chama a atenção, bem como os seus enormes e bonitos pátios e jardins.

  • Bairro do Castelo

Apesar de se chamar Bairro do Castelo este bairro já não possui nenhum castelo uma vez que ficou destruído com a invasão turca do séc. XVI. Mais tarde transformou-se na zona governamental e hoje é famoso pela beleza arquitetónica do seu conjunto, que é Património Mundial. Aqui podemos encontrar uma mistura de construções românicas, góticas e barrocas, belas igrejas medievais e diversas casas de habitação da mesma época. A Igreja de Matias e o Bastião dos Pescadores são as principais atrações deste bairro.

  • Bastião dos Pescadores

Localizado na colina de Buda, este espetacular miradouro foi construído entre 1895 e 1902, em estilo neogótico e neo-românico. Apesar do aspeto de fortaleza medieval serve propósitos meramente decorativos e é composto por sete torres em homenagem às sete tribos que fundaram a cidade. O Bastião dos Pescadores foi erigido no local de um antigo mercado de peixe e conta também com uma estátua do Rei Santo Estêvão. Este local proporciona uma vista soberba sobre a cidade e o rio, principalmente com a primeira luz da manhã ou do pôr do sol.

  • Igreja de Matias

Junto ao Bastião dos Pescadores encontra-se a igreja de Matias, a igreja católica mais importante de Budapeste. Originalmente construída em 1015 no estilo românico, foi constantemente sendo destruída por invasores pelo que o edifício atual, em estilo gótico, é do séc. XIV. As reconstruções em épocas muito distintas primaram por lhe dar uma beleza sublime apresentando uma mistura de vários estilos, nomeadamente românico, gótico, barroco e renascentista, tendo passado por uma grande restauração no séc. XIX.

A Igreja de Matias era o palco escolhido para casamentos e coroações reais entre os quais se destaca, durante o Império Austro-Húngaro, a coroação do Rei Franz Joseph I da Áustria e sua esposa, a Imperatriz Elisabeth, popularmente conhecida como Sissi, que ainda hoje é idolatrada na Hungria.

  • Colina Géllert

A Colina Géllert, com cerca de 235 metros de altura, é o ponto mais alto de Budapeste e possui diversos miradouros, onde é possível observar as melhores vistas panorâmicas da cidade.

Aqui podemos encontrar a Citadella, uma fortificação construída em 1851 pela dinastia austríaca para impedir a revolta popular húngara, no entanto, nunca chegou a ser usada e anos mais tarde a Áustria assinava o Compromisso Austro-Húngaro, garantindo mais autonomia à região. O local chegou a funcionar também como uma torre de vigilância, até que foi completamente desocupado, tornando-se um dos principais pontos turísticos de Budapeste.

A Estátua da Liberdade de Budapeste é um monumento em homenagem às vidas perdidas na luta pela independência da Hungria e que também se encontra na colina.

  • Termas Géllert

Construídas entre 1912 e 1918, as Termas Géllert fazem parte do Hotel Géllert embora funcionem de forma independente. Em 1927 e 1934 realizaram-se obras de ampliação e o complexo termal é hoje constituído por 2 piscinas exteriores e 6 interiores, todas com diferentes temperaturas e propósitos. Há ainda saunas, banhos turcos e massagens para todos os gostos.

Repleta de esculturas, paredes coloridas com lindos mosaicos e construída no estilo art-noveau, as Termas Géllert são uma verdadeira preciosidade arquitetónica.

A piscina principal é a sua maior atração, rodeada por galerias e colunas de mármore, embora não seja de água quente, a qual se encontra apenas a 19ºC.

O complexo possui uma piscina exterior de ondas sazonal, que foi uma das primeiras do mundo a contar com mecanismo para produção artificial de ondas. A água está a 26ºC e funciona entre Maio e Outubro.

     O que visitar em Peste

Localizada na margem oriental do rio está Peste, zona mais plana e de formação mais recente, onde se encontram os edifícios institucionais e vive a maior parte da população. Com três avenidas muito amplas e arborizadas, diversas e amplas praças, elegantes edifícios do séc. XIX, imensos bares e restaurantes, lojas e comércio, correria e azáfama. Peste é mais agitada, vibrante e dinâmica.

  • Parlamento de Budapeste

O edifício neogótico do Parlamento de Budapeste é o cartão postal da capital húngara e um dos edifícios governamentais mais antigos da Europa.

Bem às margens do rio Danúbio, impressiona pela sua imponência e beleza. Embora tenha sido inaugurado em 1896, a sua construção terminou apenas em 1904. A sua dimensão e majestade são notáveis e destaca-se quando observado dos miradouros espalhados por Buda. É um dos maiores parlamentos do mundo e conta com 268 metros de comprimento e 123 metros de largura. Ao todo são 18 metros quadrados, cerca de 700 salas, aproximadamente 40kg de ouro, meio milhão de pedras preciosas e 242 esculturas.

O interior do Parlamento pode ser visitado através de uma visita guiada, que dura cerca de 45 minutos, no entanto as entradas têm um limite diário pelo que se recomenda a compra antecipada dos bilhetes.

  • Sapatos à beira do Danúbio

Muito próximo do Parlamento encontramos este memorial criado em 2005 em homenagem aos milhares de judeus executados por uma organização fascista húngara durante a Segunda Guerra Mundial. As vítimas, de todas as idades, eram levadas para a margem do Danúbio e eram obrigadas a tirarem os sapatos antes de serem baleadas e atiradas ao rio. Os cerca de 60 pares de sapatos moldados em bronze são um memorial modesto mas que serve o propósito de nos lembrar dos atos atrozes e cruéis que a humanidade é capaz de cometer em períodos negros da nossa história.

  • Basílica de Santo Estêvão

Inaugurada em 1905, a Basílica de Santo Estêvão é a maior e mais importante construção religiosa da Hungria. Com 96 metros de altura e capacidade para receber mais de 8 mil pessoas, é um dos maiores edifícios da cidade e destaca-se pela cúpula e as duas torres sineiras. O seu interior, em estilo neoclássico, tem uma ornamentação sublime com muito ouro e prata e belos vitrais, e uma vista panorâmica muito bonita desde os terraços da cúpula.

O seu nome foi atribuído para homenagear o Primeiro Rei da Hungria, Santo Estêvão, e no seu interior encontra-se inclusivamente a sua mão direita mumificada.

  • Mercado Central

Localizado num prédio histórico, este belo mercado do final do séc. XIX é o maior mercado coberto da capital húngara e aqui podemos encontrar várias barraquinhas onde é possível comprar de tudo um pouco. O mercado está dividido em dois pisos, sendo o andar superior mais voltado para os turistas e onde é possível comer uma refeição.

  • As ruas mais famosas

As duas ruas mais famosas de Budapeste são a Váci Utca, que liga a Praça Vörösmarty ao Grande Mercado de Budapeste, e a Andrássy Út, que vai da Praça Erzsébet até à Praça dos Heróis.

A Váci Utca entra normalmente no roteiro de todos os turistas que visitam a cidade já que esta rua pedonal cruza todo o centro comercial de Peste. Aqui se encontram lojas de todos os tipos, vários restaurantes, edifícios senhoriais do séc. XIX e encantadores cafés. Nos meses de Verão atrai imensa gente, bem como em Dezembro, quando os visitantes se dirigem ao Mercado de Natal na Praça Vörösmarty.

Construída em 1872 e declarada Património da Humanidade, pela UNESCO, em 2002, a Avenida Andrássy atravessa o coração de Peste e é considerada por muitos a Champs-Elysées de Budapeste. A melhor forma de conhecer esta magnifica avenida de 2,5km de extensão é a pé, para poder admirar calmamente as grandes lojas de moda mundiais que por ali se instalaram, bem como os edifícios históricos cheios de glamour da belle époque húngara, uma vez que durante o séc. XIX o governo exigia que os responsáveis pelas obras destinassem 20% do orçamento para o embelezamento da área externa dos edifícios. As artes e a música têm primazia aqui: para além da Ópera Nacional da Hungria, podemos encontrar o Museu Franz Liszt e a Faculdade de Belas Artes e a zona dos teatros é até chamada de Broadway húngara.

  • Ópera Nacional da Hungria

Caminhando pela Avenida Andrassy chegamos à Ópera Nacional da Hungria, uma das mais importantes do mundo e com a melhor acústica. O seu imponente edifício neo-renascentista foi concluído em 1884 e está decorado com esculturas dos compositores mais famosos do mundo. Pode ser visitada através de uma visita guiada ou então através da aquisição de um bilhete para assistir a um espetáculo ao vivo já que os preços são acessíveis.

  • Praça dos Heróis

Numa das extremidades da Avenida Andrássy está localizada uma das principais praças de Budapeste, a Praça dos Heróis. Considerada Património da Humanidade, pela UNESCO, aqui estão homenageadas figuras importantes da história da Hungria. No centro da praça ergue-se uma coluna de 36 metros coroada pelo Anjo São Gabriel, o Monumento do Milénio, e na sua base, estão sete estátuas dos líderes das sete tribos que fundaram a Hungria. Atrás desta coluna encontram-se duas colunatas semicirculares com esculturas que simbolizam trabalho e riqueza, guerra e paz, reconhecimento e glória. Na Praça dos Heróis encontramos também o Museu de Belas Artes e logo ao lado o Parque da Cidade.

  • Parque da Cidade (Városliget)

O parque Városliget foi um recinto de caça usado pela nobreza durante anos e é considerado o parque público mais antigo do mundo, aberto à população desde o início do século XIX.  Hoje em dia é um belo espaço de lazer e, dependendo da época do ano e do que o clima permitir, podemos alugar um barco ou patinar na pista de gelo do lago, fazer um piquenique ou simplesmente dar um passeio relaxante.

É dentro do Parque da Cidade que encontramos o balneário Széchenyi, mas não só. Aqui fica também um pequeno zoo, um jardim botânico e o Castelo Vajdahunyad.

O Castelo de Vajdahunyad não é apenas um castelo. É uma homenagem arquitetónica a 21 edifícios diferentes, entre eles uma igreja e um castelo vinculado ao mito do Drácula. O castelo foi construído no final do séc. XIX, com tábuas de madeira e papelão, para comemorar o milésimo aniversário do Estado Húngaro, mas fez tanto sucesso que no final da exposição foi reconstruído em pedra e tijolo. Tanto o castelo em si como os arredores são realmente lindos. No seu interior alberga o Museu Agrícola Húngaro, cuja entrada custa 1600HUF (https://vajdahunyadcastle.com/)

  • Termas Széchenyi

Budapeste está situada sobre a maior bacia de águas termais do mundo com as suas 118 fontes termais naturais que fornecem 70 milhões de litros de águas terapêuticas por dia para mais de uma dúzia de spas. As Termas de Széchenyi estão na lista das mais famosas, seguidos pelos banhos Géllert e de Rudas.

Sem tempo para visitar mais do que uma decidimos conhecer o complexo Széchenyi, conhecido como as melhores termas de Budapeste e o maior complexo de banhos termais da Europa, com 15 piscinas, 3 grandes exteriores e 12 pequenas interiores, além das saunas e salas para massagens. O complexo começou por ser um edifício privado construído em 1913, em estilo neogótico, onde alguns burgueses de Budapeste se reuniam. Na altura, homens e mulheres estavam separados nos banhos das três piscinas que eram alimentadas por uma fonte termal. Os banhos Széchenyi ganharam tanta fama que em 1927 o complexo foi expandido de forma a receber a nova burguesia húngara e tornaram-se as mais prestigiadas Termas de Budapeste.

O contraste do frio gelado do ar de Budapeste com os 36º da água é fabuloso nesta altura do ano!

  • Bairro Judeu

Budapeste tinha 125 lugares de culto antes do holocausto e 30% da população da capital era judia. Um dos principais destaques da capital, inclusive, é o bairro judeu que, apesar de ter sido ocupado por anos pelos nazistas, ainda mantém parte das suas particularidades originais, entre elas, 3 sinagogas. Entre as sinagogas a estrela á obviamente a Grande Sinagoga de Budapeste na rua Dohány – a maior do mundo depois do templo Emanu-El em Nova Iorque. Com 53 metros de comprimento e 26 metros de largura, tem capacidade para quase 3000 pessoas. Simples por fora, em tijolo vermelho e amarelo, revela um interior rico em detalhes.

Pode ser visitada gratuitamente ou através de uma visita guiada. A Sinagoga abre às 10h e fecha em horários diferentes, dependendo do dia da semana e da época do ano.

O bairro judeu é hoje é uma área bastante animada, com diversos bares e restaurantes.

  • Os Ruin Bars

Os Ruin Bars surgiram no início do séc. XXI, quando se decidiu arrendar a preços baixos os edifícios abandonados, há mais de 100 anos, transformando-os em espaços recreativos e culturais. O conceito não passava necessariamente pela reforma das edificações, mas sim por dar apenas uma estrutura conservando a aparência de ruína que tinham, num estilo cool e retro. Nestes bares não só servem bebidas (ou refeições em alguns casos), como também se realizam concertos alternativos, séries de filmes, apresentações de livros… O mais famoso de todos é o Szimpla Kert, pela sua decoração curiosa e suas inúmeras atividades culturais. Outra alternativa é o Mazel Tov, com DJ ao vivo (ou música ambiente) e menu que serve pratos da culinária típica de Israel.

  • New York Café

Situado no coração da cidade velha, o New York Café vai muito além de um simples café. É considerado um dos cafés mais bonitos do mundo e um dos principais pontos turísticos de Budapeste devido à sua decoração com lustres de cristal, colunas de mármore banhados a ouro e teto com lindas pinturas. Com mais de 100 anos de tradição, é uma verdadeira obra de arte e foi frequentemente visitado por artistas conceituados do séc. XX. O cardápio está cheio de delícias mas os preços não são muito simpáticos, dizem que vale pela experiência e pelas fotografias maravilhosas mas decidimos não entrar.

     Entre Buda e Peste

O rio Danúbio é o segundo maior rio da Europa estendendo-se desde o coração da Europa, na Alemanha ao Mar Negro, e constitui a alma de Budapeste.

  • Cruzeiro no rio Danúbio

O melhor horário para realizar um passeio de barco pelo rio Danúbio será ao final da tarde, quando as luzes da cidade se estão a acender, e o ponto alto do passeio é o ângulo que se tem do Parlamento Húngaro e de outros pontos turísticos de Budapeste, como o Castelo de Buda, a Ponte Margarida e a Ponte Elizabeth.

  • Ilha Margarida

Situada entre Buda e Peste, bem no meio do rio Danúbio, a Ilha Margarida é um local bastante procurado pela população para relaxar ou para a prática de desporto. Um verdadeiro paraíso para os turistas que amam passeios ao ar livre, aqui se encontram pistas de corridas e piscinas. Ainda há spas termais, uma torre de água, em estilo art nouveau e ruínas de um convento do séc. XVIII. No Verão, as pessoas aproveitam os bares do local e restaurantes, onde é possível ouvir música ao vivo. Pode-se alugar uma bicicleta e explorar todos os seus 2,5Km ou apenas caminhar pelos seus jardins observando a vida local.

  • As pontes da cidade

As Pontes de Budapeste são consideradas um dos sítios mais turísticos oferecendo bonitas vistas sobre a cidade, a serenidade do rio Danúbio e alguns monumentos históricos.

 – Ponte das Correntes Széchenyi

Com 380 metros de comprimento e 15 de largura, a Ponte das Correntes é um dos principais símbolos da cidade de Budapeste. Inaugurada em 1849, ela foi a primeira a cruzar os dois lados da cidade e é considerada uma das mais belas da Europa. Inaugurada em 1849, após 10 anos de construção, a ponte liga o centro de Peste à base da Colina do Castelo. A estrutura original foi destruída no final da Segunda guerra Mundial tendo restado apenas as torres centrais de sustentação. Foi reconstruída em 1949 no estilo original, que mantém até aos dias de hoje. De destacar os leões que a presidem nas suas extremidades e o escudo húngaro que se encontra nos seus arcos. Encontrámos a ponte em obras pelo que não nos foi possível atravessá-la.

 – Ponte da Liberdade

A Ponte da Liberdade é uma grande estrutura de ferro pintada na cor verde, construída entre 1894 e 1899, que liga o Grande Mercado de Budapeste à base da Colina Gellért. Era conhecida como ponte Imperador Franz Jozeph, mas os comunistas preferiram dar à ponte um nome menos imperial. Foi destruída em 1945 durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido reconstruída em 1946. É a mais curta de todas as pontes de Budapeste, com 333,6 metros de comprimento e 20,1 metros de largura. Os pilares mais altos foram decorados com grandes estátuas de bronze de um pássaro, o Turul, uma espécie de falcão típico da região e que está associado à mitologia húngara. O Turul tornou-se sinónimo de poder, força e nobreza e ainda hoje é usado como símbolo nos casacos do Exército Húngaro e nos escritórios de Defesa Nacional.

 – Ponte Margarida

Esta foi a segunda ponte permanente da capital, feita de pedra. Inaugurada em 1876, só adquiriu a sua forma atual em 1937 e é conhecido como a única ponte que explodiu duas vezes durante a Segunda Guerra Mundial. A primeira vez ocorreu acidentalmente em 1944, a segunda foi já uma explosão alemã intencional em 1945, que destruiu totalmente a ponte. Após 3 anos foi reconstruída. Esta ponte tem saída para a Ilha com o mesmo nome.

 – Ponte Elizabeth

A Ponte Elizabeth é considerada um marco histórico em Budapeste e foi em tempos considerada uma das maiores pontes suspensas em todo o mundo. Inaugurada em 1903, foi também explodida durante a Segunda Guerra Mundial, no entanto não foi reconstruída logo depois da guerra uma vez que ficou completamente destruída. A sua construção ocorreu entre 1961-1964 como uma réplica da original. A ponte liga Ferenciek Te ao monumento de São Gerardo e à escadaria de acesso à Cidadela.

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