Génova

Génova é uma cidade metropolitana do Noroeste da Itália, na região da Ligúria, que faz parte de um triângulo industrial com Milão e Turim. Aninhada entre o Mar Mediterrâneo e as montanhas dos Apeninos da Ligúria, Génova é a sexta maior cidade italiana, dona do maior porto do país e do mais movimentado do Mediterrâneo.

Conhecida como “La Superba” (A Magnífica), Génova foi a capital de uma das repúblicas marítimas italianas, tendo sido uma das maiores potências navais do continente europeu. A cidade é uma das portas de entrada da Riviera Italiana e dona de um dos maiores centros históricos da Europa, com testemunhos maravilhosos do seu passado glorioso e ousado, mas também obras modernas que a tornaram uma espécie de capital da arquitetura italiana moderna.

A capital da Ligúria é considerada por muitos apenas uma grande cidade portuária e utilizada principalmente como ponto de passagem ou partida e chegada para outros locais, sendo paragem frequente de cruzeiros ou utilizada para explorar Cinque Terre por exemplo. No entanto, Génova merece sem dúvida uma visita e foi com surpresa que descobri uma cidade cheia de história, contrastes e maravilhas surpreendentes! Não faltam atrações e um dia foi muito pouco para conseguir aproveitar tudo aquilo que ela tem para oferecer!

A ocupação de Génova remonta ao séc. IV a. C. e foi usada pelos Romanos como base para as suas incursões sobre a Ligúria. Com a queda do Império Romano Ocidental, em 476, Génova viveu vários séculos de instabilidade até que, a partir de meados do ano 1000 ganhou novamente autonomia, com as empresas comerciais a assumiram funções administrativas, o que levou a que a cidade se consolidasse como uma potência mercantil.

No séc. XII e após o estabelecimento de alianças com Veneza e Pisa, com o intuito de lutar contra as frotas árabes, os genoveses alargaram o seu território e partiram para as cruzadas, trazendo para a sua cidade ricos saques. Os mercadores genoveses enriqueceram com o transporte de mercadorias do Médio Oriente, muito apreciadas na Europa por esta altura, levando-os a estabelecer entrepostos comerciais em vários pontos do Mediterrâneo, mar Egeu e até no mar Negro.
O comércio era facilitado pelo bom relacionamento com o Império Bizantino; contudo, as proveitosas relações comerciais com esta parte do Globo trouxeram graves conflitos com a República de Veneza, a sua rival comercial com a qual Génova se envolveu numa guerra em meados do século XIII. A luta pela supremacia no mediterrâneo durou mais de um século, tendo sido derrotada em 1339.

A partir daqui Génova passa a ser governada pela figura do “Doge”, mas as lutas pelo poder tornaram o sistema bastante instável. Em 1528 surge Andrea Doria, um almirante genovês que reformulou a estrutura da república e foi o principal responsável pelo renascimento da cidade, numa altura em que esta era dominada pela influência da França. Nesta altura a República de Génova deixa de ser uma potência militar e transforma-se gradualmente numa potência financeira, criando alianças com Espanha, financiando as explorações no Novo Mundo e fazendo a gestão de portos e comércio de escravos. Em 1797, a chegada de Napoleão Bonaparte extinguiu a República de Génova tendo sido depois absorvida pelo Império Francês em 1805. Depois da queda de Napoleão a cidade foi integrada no Reino da Sardenha e no final do séc. XIX o seu porto foi modernizado dando-se um crescimento industrial que a transformou novamente num centro financeiro da região, pela sua localização estratégica. Devido à sua posição central na dinâmica económica do país, Génova foi uma das cidades mais atacadas durante a Segunda Guerra Mundial.

Com a organização da Expo92 (nos 500 anos da descoberta de Cristóvão Colombo, que se acredita ter nascido em Génova), a cidade ganhou um novo dinamismo e um porto mais modernizado e em 2004 foi nomeada Capital Europeia da Cultura.

COMO CHEGAR A GÉNOVA

  • De avião

Génova é servida pelo aeroporto internacional Cristoforo Colombo (GOA), localizado em Sestri Ponente, a cerca de 8 km do centro da cidade.

Infelizmente não existem voos diretos desde Portugal pelo que será necessário fazer escala ou, em alternativa, voar para outra cidade italiana com ligação ferroviária a Génova, que foi a opção que escolhi.

  • De comboio

Génova á uma cidade bem conectada através dos comboios Regionali, Intercity e Eurostar com as maiores cidades italianas e europeias. A viagem desde Milão demora entre 1h30 e 2h. Eu optei por chegar via Turim numa viagem que demorou cerca 2h45. 

Génova tem duas estações ferroviárias: Genova Brignole e Genova Principe.

  • De carro

Se optar por ir de carro existem quatro autoestradas que permitem chegar a Génova: A12, A26, A10 e A7.

  • De barco

Génova tem o maior porto de Itália e ligações diretas a Barcelona, Tunis (Tunísia), Tânger (Marrocos), Sardenha, Córsega e Sicília.

QUANDO IR A GÉNOVA

O clima de Génova é mediterrâneo, com Invernos amenos e Verões quentes. No entanto é uma região ventosa, húmida e com chuvas frequentes, principalmente no Inverno. Assim, os melhores meses para visitar Génova, com um clima mais agradável, são Abril, Maio, Junho, Setembro e Outubro. Se pretender desfrutar das praias mediterrâneas da Riviera Italiana o Verão será a melhor altura para o fazer, mas esteja ciente que por ser época alta há um maior afluxo de turistas e consequentemente os preços da hotelaria e restauração aumentam. De qualquer forma Génova tem uma agenda cultural bem preenchida pelo que, independentemente de quando decidir visitá-la, não faltará o que ver e fazer.

ONDE FICAR EM GÉNOVA

Génova oferece uma grande variedade de opções de alojamentos sendo que, as melhores zonas para se ficar alojado, são o centro histórico e o Porto Antico. Daqui pode explorar a cidade a pé, já que o trânsito na cidade costuma ser caótico.

COMO SE DESLOCAR EM GÉNOVA

Apesar de Génova ser uma cidade grande, o seu centro histórico, onde se encontram as principais atrações, é relativamente compacto, o que permite descobrir a cidade a pé. Para deslocações mais longas ou se quiser rentabilizar o tempo, existe uma linha de metro, uma rede de autocarros públicos e ainda o autocarro turístico Hop-On Hop-Off.

QUANTOS DIAS PARA VISITAR GÉNOVA

É possível ficar a conhecer as principais atrações turísticas da cidade se visitar Génova em 1 dia, mas terá que o fazer em passo apressado e ser muito seletivo se quiser visitar o interior de algum palácio ou museu. O ideal para conseguir sentir a cidade de forma mais descontraída será visitar Génova em 2 dias. Se tiver mais tempo não lhe vai faltar o que ver e fazer e terá ainda tempo para partir à descoberta de outros locais da Riviera Italiana.

O QUE VER EM GÉNOVA EM 1 DIA

A melhor forma de conhecer uma cidade é percorrê-la a pé, e esta não é exceção! Há muito para ver e fazer em Génova e, apesar de 1 dia ser muito pouco, deixo aqui as principais atrações da cidade. É imperdível a zona do Porto Antico, a zona mais movimentada de toda a cidade, que foi completamente remodelada nas últimas décadas. Virando as costas ao mar percorremos o antigo centro histórico de Génova onde se deve perder pelas ruelas estreitas e deixar-se impressionar pelos seus antigos palácios imponentes. Se ainda houver tempo aconselho muito um passeio até à pitoresca aldeia de pescadores Boccadasse.

  • O Porto Antico

O Porto Antico de Génova, antigo centro da atividade mercantil genovesa, foi totalmente redesenhado na década de 1990 por Renzo Piano, para acolher as Colombias em 92 (vulgarmente conhecida por “Expo”, pela ocasião das comemorações dos quinhentos anos da descoberta da América). Hoje é um verdadeiro ponto de referência para cidadãos e turistas, cheio de bares, restaurantes e atrações. Aqui podemos encontrar:

– O Aquário de Génova: é a principal atração turística da cidade, ideal para levar a família. Foi inaugurado em 1992 e é o maior aquário italiano e o segundo maior da Europa. Abriga mais de 15000 exemplares de 600 espécies diferentes distribuídas por mais de 70 tanques expositivos, com um pavilhão dedicado aos Cetáceos.

– A Biosfera: uma enorme esfera de vidro e aço, situada mesmo em frente ao Aquário. É um jardim botânico, construído sobre a água, que abriga plantas, flores e animais típicos de ambientes tropicais.

– Galata Museo del Mare: o maior museu marítimo do Mediterrâneo dedicado à história da navegação. São cinco andares expositivos que contam a história da República Marítima de Génova e de Cristóvão Colombo, através da reprodução e exposição de barcos de todos os tamanhos e tipos, instrumentos e cartas náuticas e estações multimédia e interativas. O terraço tem uma vista esplêndida do porto e da cidade que foi berço de Cristóvão Colombo.

– O submarino Nazario Sauro: situado em frente ao Galata Museo del Mare é o único submarino que pode ser visitado no mar.

– O Bigo: uma estrutura metálica semelhante a uma grua que se destaca sobre o mar. É um elevador panorâmico que atinge uma altura de cerca de 40 metros e que proporciona uma vista de 360º do Porto Antico e arredores.

– A Lanterna: o farol de Génova, seu principal símbolo e herança dos tempos em que a cidade era uma potência marítima, é o terceiro farol mais antigo do mundo, em funcionamento desde 1543. Fica no topo de uma colina de 40 metros e tem uma altura de 77 metros, ficando a cerca de 117 metros acima do nível do mar. Anexo à torre encontra-se o Museu da Lanterna que conta a história da evolução arquitetónica e urbana da cidade.

– O navio Vascello Neptune: uma réplica de um galeão espanhol do séc. XVII usado no filme “Piratas” (1986) de Roman Polanski, que está ancorado no porto desde 2003.

  • O Centro Histórico

O Centro Histórico de Génova é o núcleo da Cidade Velha, que foi restaurado e devolvido à cidade após anos de abandono e decadência. É o maior centro histórico medieval da Europa e grande parte foi declarado Património Mundial pela UNESCO. Para descobrir o seu encanto é necessário caminhar a pé pelos “caruggi”, as pitorescas ruelas de origem medieval, ladeadas por palácios nobres e pequenas praças harmoniosas dominadas por igrejas antigas.

Do Porto Antico siga pela via Al Ponte Reale e em 100 metros chega à fascinante Piazza Banchi, onde se encontra a famosa Loggia Della Mercanzia, um belo edifício que, na Idade Média, abrigava o comércio de mercadores e banqueiros.

O património do centro histórico de Génova é de grande valor arquitetónico, com vários palácios famosos, sendo que é ao longo da Via Garibaldi que se pode admirar a sua alma mais aristocrática.

  • Os Palácios Rolli

Os Palazzi dei Rolli são um conjunto de residências da nobreza genovesa que, entre os séculos XVI e XVII, ofereciam hospedagem a pessoas ilustres que passavam pela cidade. Foram construídos pelas famílias aristocráticas genovesas durante o chamado “Secolo d’Oro” e representam uma viagem inesquecível ao esplender dos anos gloriosos de Génova. Com átrios incríveis, grandes escadarias, pátios internos e pisos de belos quartos, são verdadeiras obras-primas da arquitetura renascentista e barroca.

Existiam mais de cem residências pertencentes à República de Génova associadas a este sistema de alojamento “público”, classificadas com base no seu valor arquitetónico e dimensão em três categorias, numa lista chamada “Rolli degli Alloggiamenti Pubblici” que era atualizada periodicamente. A primeira categoria era destinada a receber cardeais, príncipes e vice-reis, a segunda senhores feudais e governantes e a terceira lordes e embaixadores.

Em 2006 quarenta e dois destes distintos edifícios foram reconhecidos pela UNESCO como Património Histórico da Humanidade. Alguns são ainda usados como residências privadas mas muitos abrigam museus e galerias de arte. Estão localizados em vários pontos da cidade e muitos abrem em dias específicos, chamados “Rolli Days“. Os mais importantes são o Palazzo Rosso, O palazzo Bianco e o Palazzo Doria Tursi, que juntos compõem os Museus Strada Nuova, um dos roteiros museológicos mais interessantes em Génova.

  • Os Museus Strada Nuova

O Palazzo Rosso, o Palazzo Bianco e o Palazzo Doria-Tursi, todos localizados na Via Garibaldi, formam juntos um complexo com uma coleção de arte unificada, os chamados Museus Strada Nuova.

O Palazzo Rosso é provavelmente o mais belo dos três e deve o seu nome ao tom vermelho que domina a sua fachada. Foi construído em 1675, dez anos depois da última lista concluída dos Palazzi dei Rolli. Em 1874 foi deixado como legado ao Município de Génova pela última descendente da família, Maria Brignole Sale, Duquesa de Galliera, juntamente com o seu mobiliário histórico e as suas coleções de arte que a família nobre colecionou ao longo de mais de dois séculos, nas quais se destacam pinturas de Van Dyck, Veronese Dürer e Strozzi.

O Palazzo Bianco foi construído entre 1530 e 1540 por um membro da Casa Grimaldi, uma das mais importantes famílias de Génova. Foi recuperado no início do séc. XVIII e ganhou o seu nome devido à cor clara da sua decoração exterior. Em 1899 passou a ser propriedade municipal e tornou-se uma galeria de arte pública, contendo uma extensa coleção de pintura europeia de vários artistas, que vão do séc. XVI ao séc. XVIII, com especial destaque para “Ecce Homo” de Caravaggio (1605).

O Palazzo Doria-Tursi foi iniciado em 1565 pelo principal banqueiro de Filipe II de Espanha, Niccolò Grimaldi. Em 1597 foi adquirido por Giovanni Andrea Doria para seu filho Carlo, Duque de Tursi, que deu ao edifício o nome atual. É o maior palácio da rua, com dois grandes jardins, e foi reconstruído no séc. XIX, altura em que foi acrescentada a torre do relógio. É, desde 1848, sede da Câmara Municipal de Génova e no seu interior destaca-se o pátio em dois andares. Apresenta ainda uma notável exposição de arte decorativa (cerâmica e tapeçarias) e aqui podemos ainda encontrar o “il Cannone”, o famoso violino de Paganini construído em 1734.

  • Via Garibaldi

A Via Garibaldi, também chamada de “Via Aurea” devido aos importantes prédios que nela se situam, é uma avenida com 25 metros de comprimento e 7,5 metros de largura, completamente fechada ao trânsito.

Considerada Património Mundial da UNESCO desde 2006, a “Strada Nuova” foi construída entre 1558 e 1583 e dedicada a Giuseppe Garibaldi em 1882. Aqui podemos encontrar, para além dos três Museus Strada Nuova, alguns dos mais famosos palácios Rolli.

  • A Catedral de San Lorenzo

Construída em 1098, a Catedral de San Lorenzo é a principal igreja da cidade e ao longo da Idade Média foi o cerne da vida civil e política, uma vez que, durante séculos, Génova não teve praças onde o poder secular pudesse ser exercido.

Consagrada em 1118 pelo Papa Gelásio, a igreja destaca-se pela típica fachada gótica em estilo genovês, com faixas pretas e brancas, e influências francesas como demonstram a disposição dos portais e da rosácea central. O interior é tão bonito como o exterior, com obras de arte e frescos deslumbrantes a adornar as paredes, os tetos abobadados, um grande altar e vitrais coloridos.

Foi destruída por um incêndio no séc. XIII e foi sendo reformada e ampliada ao longo dos séculos, daí a sobreposição de diferentes estilos arquitetónicos, tanto no exterior como no interior. As laterais com os dois portais datam da época românica, enquanto a cúpula e a torre sineira são do séc. XVI.

Foi também bombardeada durante a Segunda Guerra Mundial pela frota inglesa, mas a bomba atravessou o teto da igreja e não explodiu, e ainda hoje repousa dentro da bela catedral.

A Catedral conta ainda com um Museu do Tesouro com diversas obras sacras, entre as quais o Sagrado Catino que a lenda identifica como o Santo Graal e a Arca das Cinzas de São João Batista.

  • Piazza de Ferrari

A Piazza di Ferrari é a principal praça da cidade e o coração do centro de Génova, facilmente reconhecível pela monumental fonte circular de bronze localizada no centro. Era o centro financeiro de Génova no final do séc. XIX, assumindo um lugar de destaque no país juntamente com Milão, e ainda hoje alguns dos edifícios à sua volta pertencem a instituições bancárias.

A praça data de 1936 e é dedicada a Raffaele De Ferrari, duque de Galliera, um generoso benfeitor que doou, em 1875, uma considerável quantia em dinheiro para a expansão do porto.

Aqui podemos encontrar vários edifícios importantes, construídos desde a Idade Média até ao séc. XIX, com destaque para o Palácio Ducal, o Teatro Carlo Felice, o Palácio da Região da Ligúria, o Palácio da Bolsa e a Academia Linguística de Belas Artes. Algumas das ruas mais importantes de Génova também se ramificam a partir daqui, como a Via XXV Aprile, a Via Roma, a Via Dante e a Via XX Settembre.

  • Palazzo Ducale

O Palácio dos Doges de Génova, ou Palazzo Ducale, foi construído no séc. XIII, sofrendo uma série de transformações a partir da segunda metade do séc. XIV. É um dos edifícios históricos mais importantes de Génova, foi restaurado em 1992 e é hoje um espaço expositivo e cultural, onde também se realizam eventos. Em Julho de 2001 acolheu a Cimeira do G8.

  • Via XX Settembre

A Via XX Settembre é uma das principais avenidas e vias comerciais de Génova, cheia de Art Noveau, belos edifício e arcadas. Aqui encontramos várias lojas de prestígio, bares elegantes e a famosa Ponte Monumental.

  • Piazza della Vittoria

Situada junto à estação ferroviária Genova Brignole está a Piazza della Vittoria, com o imponente arco triunfal no seu centro, dedicado aos genoveses caídos durante a Primeira Gerra Mundial. Ao fundo da praça está o jardim Scalinata delle Tre Caravelle, onde estão representadas as três Caravelas de Cristóvão Colombo. 

  • Porta Soprana

A Porta Soprana é a única porta de entrada da cidade de arquitetura medieval que se manteve intacta, datando do ano 1161. As muralhas de Génova eram constituídas por um conjunto de vários círculos que foram sendo aumentadas e modernizadas ao longo dos séculos. Feita de pedra, a Porta Soprana foi restaurada no séc. XIX e XX mas mantém a sua aparência impressionante.

  • Casa de Cristóvão Colombo e Chiostro di Sant’Andrea

A poucos metros da Porta Soprana, fora das antigas muralhas medievais, encontramos a Casa de Cristóvão Colombo, uma reconstrução do séc. XVIII da casa onde o grande navegador e explorador morou durante a sua infância, transformada agora num espaço museológico. O interior modesto tem dois andares e pode ser visitado, o rés-do-chão servia de oficina do pai, que se dedicava à tecelagem e comércio de lã.

Junto à Casa de Cristóvão Colombo estão as ruínas de um claustro datado do séc. XII, único testemunho remanescente da igreja e convento que aqui existiam.

  • Spianata Castelletto

Spianata Castelletto é uma região mais alta da cidade e constitui o melhor ponto para ter uma vista panorâmica de Génova. Neste local existia uma antiga fortaleza que foi demolida no séc. XIX para se transformar num bairro residencial e agora tem uma pequena praça que parece uma varanda suspensa sobre o centro histórico. Para aqui chegar pode subir a encosta de Castelletto a pé ou, se as pernas já pedirem descanso, usar o maravilhoso ascensor Art Nouveau de 1909 que se situa na Piazza del Portello.

  • Igreja da Annunziata

Localizada na Piazza dell’Annunziata, o coração da zona universitária, a Basílica da Santíssima Annunziata del Vastato é um símbolo e tradição da arte genovesa. Foi construída no séc. XVI em estilo barroco, sofrendo algumas transformações ao longo do tempo. Apesar de parecer uma catedral normal vista de fora, o seu interior guarda inúmeras obras e por isso vale a pena entrar.

  • Via Balbé e o Palácio Real

A Via Balbi é outra das ruas mais importantes da cidade e abriga o Palácio Real e a sede da Universidade de Génova.

O Palazzo Reale, finalizado em 1655 pela família Balbi, foi adquirido na década de 1820 pela família Savoy, que utilizou o palácio como residência real oficial. É um dos edifícios mais bonitos de Génova e um dos “Palazzi dei Rolli”. Hoje abriga um interessante museu com a mobília original e várias obras de arte, com especial destaque para o salão dos espelhos, o salão de baile, a sala do trono e os jardins suspensos e terraços.

  • Boccadasse

Situado a cerca de 3,5 Km do centro de Génova, o pitoresco bairro piscatório de Boccadasse é uma das áreas mais bonitas da cidade. Para lá chegar pode apanhar um autocarro ou, se gostar de caminhar, fazer o percurso a pé pelo Corso Italia, um bonito Passeio Marítimo com vistas maravilhosas para o Mediterrâneo.

Com o seu conglomerado confuso de casas coloridas em tons pastéis em torno da sua pequena praia em cascalho, Boccadasse dá-nos um gostinho de Cinque Terre. É uma vila encantadora que se manteve inalterada ao longo do tempo, um verdadeiro oásis de paz e tranquilidade onde o mais importante é mesmo aproveitar a atmosfera e admirar a paisagem.

A vila é dominada pela Igreja de Sant’Antonio da Padova, um edifício erguido como oratório pelos pescadores a partir do séc. XVIII e ampliado ao longo dos anos. Na pequena praça atrás da igreja temos uma vista maravilhosa de Boccadasse e uma pequena viela que leva à pequena praia de pedras onde estão atracados os barcos dos pescadores. Mesmo em frente está a Piazza Nettuno, o verdadeiro coração da vila, repleta de bares e restaurantes. No lado leste da praia existe uma rua que sobe entre as casas em direção ao Capo di Santa Chiara, que nos presenteia com outra vista esplêndida da praia de Boccadasse.

  • O que visitar nos arredores

Génova, a capital da Ligúria, é a oportunidade perfeita para explorar a maravilhosa Riviera Italiana. Se tiver oportunidade de juntar mais dias à sua viagem deixo aqui algumas sugestões do que visitar nos arredores.

– Camogli e San Fruttuoso

– Portofino

Cinque Terre

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